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Guy Ritchie é um diretor que está em seu melhor quando o roteiro lhe permite ser irreverente: tramas dinâmicas que se desenrolam em torno de personagens excêntricos (principalmente britânicos). Esse é, parcialmente, o caso com Guerra Sem Regras (2024), mas aqui a execução passa longe de ser estimulante.
Ambientado na Segunda Guerra Mundial, Guerra Sem Regras (2024) narra a história da primeira organização de forças especiais britânicas.

Criada por Winston Churchill (vivido por Rory Kinnear, cuja "imitação" é tão distante do verdadeiro que soa propositalmente desconcertante), essa unidade secreta, composta por um grupo diverso de soldados experientes e destemidos, embarca em missões perigosas e inovadoras contra as forças nazistas.
Henry Cavill diverte como o líder Gus March-Phillips, especialmente nas cenas que compartilha com o Anders Lassen de Alan Ritchson, mas o resto do grupo é limitado a personagens vazios e de pouco destaque.
Em paralelo à aventura desses homens, uma parte considerável do filme é focada na agente infiltrada Enver Gjokaj de Eiza González, cujo papel na missão é crucial.

A atriz tem seu charme, mas talvez sejam suas cenas aquelas que justamente arrastam o ritmo de Guerra Sem Regras (2024) a um nível que, embora não incomode, raramente te causa alguma emoção.
Esse talvez seja o maior problema de Guerra Sem Regras (2024): o filme não te irrita, mas acaba sendo muito pouco eficiente em sua própria proposta de ser uma abordagem irreverente de uma história que — mais ou menos — aconteceu na vida real.
Dada essa deficiência do roteiro, o filme se torna algo mais parecido com um ensaio burocrático sobre a operação em si, e não sobre as pessoas que a conduziram.

Se alguém espera encontrar muita ação em Guerra Sem Regras (2024), deve pisar no freio com as expectativas: embora Guy Ritchie venha ficando mais habilidoso em conduzir sequências que se desenrolam ao mesmo tempo, o filme nunca se entrega à ação de fato, em parte porque os nazistas aqui, no geral, não representam uma ameaça tão grande assim para os protagonistas — eles simplesmente estão lá para serem mortos de maneiras cruéis, o que, claro, ainda é legal de assistir.
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